Disfagia é qualquer dificuldade na condução do alimento da boca até o estômago. É um sintoma que deve ser abordado interdisciplinarmente por médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas e enfermeiros, que atuam de forma conjunta na evolução do paciente.
Indivíduos disfágicos apresentam maior risco de desnutrição e desidratação. Após o fonoaudiólogo avaliar o grau de disfagia e recomendar as texturas dos alimentos mais seguras para facilitar a deglutição e evitar a broncoaspiração, cabe ao nutricionista definir as melhores técnicas culinárias e combinações de alimentos para garantir o suprimento adequado e seguro de nutrientes, garantindo a manutenção do estado nutricional.
Muitas vezes é necessário o uso de espessantes nos alimentos líquidos para evitar tosse, engasgos e broncoaspiração em pessoas com disfagia. Eles lentificam o fluxo, permitindo um melhor controle da deglutição. A escolha entre os diversos tipos de espessante disponíveis vai depender da idade do indivíduo, da sua saúde gastrointestinal e do seu estado nutricional.
Existem espessantes industrializados, à base de amido de milho e de gomas, e espessantes caseiros, como frutas e farinhas. Cada um deles possui diferentes composições nutricionais, e pode contribuir de maneira diferente para o ganho de peso e para o funcionamento do intestino. Algumas dicas:
- Espessantes industrializados à base de gomas não devem ser oferecidos a bebês.
- Espesssantes à base de amido podem causar constipação, se utilizados em excesso.
- Espessantes caseiros contribuem com o valor nutritivo da alimentação, podendo ajudar no ganho de peso e na oferta de vitaminas e minerais.
- É importante variar os tipos de espessantes caseiros, como amido de milho, farinha de arroz, farinha de aveia, frutas entre, outros, para garantir uma microbiota intestinal mais diversa e saudável e para regular o trânsito intestinal.
- Espessar os alimentos com frutas e cereais ricos em fibras, como mamão, abacate e aveia, auxiliam na prevenção da constipação. Já o amido de milho pode ajudar no controle da diarreia.
- Indivíduos diabéticos devem ter cuidado com o uso de espessantes caseiros e espessantes industrializados à base de amido, pois eles podem afetar a glicemia. O ajuste da dieta é importante nesses casos.
Entenda um pouco mais sobre as condições de saúde que levam à disfagia:
https://laurafantazzini.com.br/nutricao-em-neurologia-infantil/
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