O Abril Azul é o mês de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Para aqueles que estão nesse espectro, cada dia pode apresentar desafios e triunfos únicos. É um lembrete para abraçar a neurodiversidade e celebrar os incríveis pontos fortes e talentos da comunidade TEA.
Para muitos indivíduos com TEA, a sensibilidade sensorial e os hábitos alimentares seletivos podem tornar a hora das refeições um desafio. Por isso é crucial explorar diversas opções de alimentos e encontrar o que funciona melhor para cada indivíduo. Veja aqui algumas dicas para ajudar crianças e adultos com TEA a gradualmente ampliarem seu repertório alimentar:
- Comece modificando o que a pessoa já come: é comum que pessoas com TEA aceitem os alimentos somente de uma marca específica, ou somente se forem oferecidos num determinado formato ou com um utensílio particular. Comece aos poucos criando novas nuances nesse padrão rígido – corte uma carne ou pedaço de queijo em um formato diferente, ofereça uma bebida com um canudo da cor preferida, mude um pouco a forma como os alimentos são colocados no prato, etc.
- Modifique as formas de preparo dos alimentos, mas mantenha a mesma textura: a textura é um dos principais fatores na aceitação de um alimento. Mais que o sabor, temperatura, cor ou cheiro. Se a batata frita é um alimento bem aceito (seco e crocante), não adianta querer oferecer de cara um purê de batata (úmido e pastoso). Talvez o primeiro passo seja passar para a batata chips (seca e crocante), ou a batata sorriso (seca e crocante) ou até uma batata rústica cortada mais fininha (seca e crocante). A mudança de textura será sempre a última etapa.
- Faça da refeição um momento divertido: o lúdico é muito importante na aceitação de novos alimentos, principalmente para as crianças. Brincar com o alimento é essencial. Que tal usar um cortador de biscoitos para cortar fatias de mussarela num formato divertido? Ou montar uma floresta para os dinossauros de plástico com brócolis? O contato com o alimento de maneira lúdica permite que a criança se aproxime do alimento sem medo. Portanto, brinque!
É importante sempre respeitar os limites de cada pessoa e nunca forçar. Extrapolar os limites sensoriais e cognitivos pode, ao contrário, criar uma relação negativa com a alimentação. Então, conduza com leveza, sabendo que o processo é lento e gradual. Aos poucos, os resultados virão!
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