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Suplementação no TDAH

Diversos nutrientes estão envolvidos na maturação e desenvolvimento do sistema nervoso central, atuando na regulação da neurotransmissão, modulação da neuroinflamação, redução do stress oxidativo (efeito antioxidante) e, portanto, exercendo um papel importante na cognição, memória e demais funções cerebrais.

A relação entre a nutrição e o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tem sido amplamente estudada, buscando compreender como determinados nutrientes podem impactar os sintomas e o tratamento dessa condição. Embora muitos tipos de suplementos alimentares tenham sido testados, nem todos mostraram resultados favoráveis. Alguns deles, no entanto, parecem ter efeito benéfico:

Vitamina D: Um Regulador Importante

A vitamina D exerce um papel regulador em neurotransmissores associados ao TDAH, influenciando a expressão de genes relacionados à produção de receptores e transportadores desses neurotransmissores. Estudos indicam que crianças com TDAH possuem concentrações séricas mais baixas dessa vitamina, e há evidências de que gestantes com níveis mais elevados de vitamina D têm menor probabilidade de ter filhos com o transtorno. Além disso, pesquisas sugerem que a suplementação pode auxiliar na melhora dos sintomas em crianças que utilizam psicoestimulantes, como o metilfenidato. Assim, é recomendável avaliar e corrigir possíveis deficiências de vitamina D em gestantes e crianças com o transtorno. Contudo, mais estudos são necessários para determinar as doses e o tempo de suplementação ideiais.

Ferro e Zinco: Essenciais para o Neurodesenvolvimento

O ferro e o zinco desempenham funções cruciais no metabolismo dos neurotransmissores e na manutenção da estrutura cerebral. Estudos demonstram que crianças com TDAH apresentam concentrações reduzidas desses minerais, e que sua suplementação pode proporcionar melhorias nos sintomas. Entretanto, a maioria dos estudos analisados não permitem estabelecer uma relação de causa e efeito. Ainda assim, é recomendável analisar e corrigir possíveis deficiências de zinco e ferro em crianças com TDAH.

Ácidos Graxos Ômega-3: Gorduras Essenciais para o Cérebro

Os ácidos graxos ômega-3, especialmente EPA e DHA, têm papel fundamental na regulação da neurotransmissão e exercem efeitos antioxidantes e anti-inflamatórios. Estudos sugerem que crianças e adolescentes com TDAH apresentam níveis reduzidos de ômega-3, e a suplementação com doses adequadas pode melhorar os sintomas de desatenção e função executiva.

A importância de avaliar o indivíduo como um todo

Infelizmente, a maioria dos estudos sobre a suplementação de nutrientes no TDAH não considera a dieta habitual. Os alimentos consumidos diariamente têm impacto direto no estado nutricional, e a composição das refeições influencia a absorção e a biodisponibilidade dos nutrientes. Isso pode facilitar ou prejudicar a resposta do organismo aos suplementos. Portanto, a avaliação individualizada é essencial para a tomada de decisão quanto à suplementação, tanto em relação à necessidade, quanto em relação às doses e tempo de tratamento.

Procure um nutricionista especializado!

 

 

 

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